Segunda-Feira, 08 de Setembro de 2025

Mais ativos e longevos: especialista explica como envelhecer com autonomia e qualidade de vida

Expectativa de vida cresce no Brasil e exige atenção com ossos, músculos e articulações, alerta ortopedista do Hospital Mater Dei Goiânia

O aumento da expectativa de vida no Brasil tem transformado a forma como a população envelhece. De acordo com o Censo Demográfico 2022, a média de vida ao nascer subiu para 76,4 anos, e com isso cresce também a busca por qualidade de vida na terceira idade.

Com mais tempo de vida, cresce também a busca por qualidade e autonomia na terceira idade. A longevidade, porém, requer atenção especial à saúde, especialmente à estrutura osteomuscular, essencial para manter mobilidade e independência.

Com esse olhar, o Dia dos Avós, celebrado em 26 de julho, chama a atenção para os cuidados que garantam bem-estar físico e funcional ao longo dos anos. O ortopedista Anderson Freitas, médico do Mater Dei Goiânia e doutor pela USP, explica como prevenir problemas comuns e manter uma rotina ativa após os 60 anos e destaca a importância do cuidado com a saúde osteomuscular para manter a autonomia funcional e o bem-estar ao longo dos anos.

Segundo o especialista, doenças como osteoartrite, osteoporose e sarcopenia são cada vez mais comuns, mas também têm sido enfrentadas com mais consciência. “É cada vez mais comum notarmos pacientes da melhor idade aderindo a hábitos saudáveis, praticando atividades físicas e mantendo acompanhamento médico regular”, afirma.

Exercício é aliado do envelhecimento saudável

A prática de atividades físicas é um dos principais pilares para o envelhecimento ativo. Anderson recomenda exercícios de fortalecimento muscular com pesos leves, caminhadas, hidroginástica, alongamentos, yoga e tai chi, modalidades que ajudam a preservar força, equilíbrio e mobilidade.

Para pessoas que mantêm uma rotina ativa, incluindo cuidados com netos e tarefas domésticas, o ortopedista alerta para a importância de respeitar os limites do corpo, usar calçados adequados e evitar sobrecargas. “A prevenção é o melhor caminho. Manter uma boa postura e fazer aquecimentos antes das tarefas também ajuda a evitar lesões”, orienta.

Sinais de atenção

Mesmo sem dor intensa ou queda recente, é importante procurar um ortopedista diante de sintomas como rigidez articular, inchaço nas articulações, fraqueza muscular ou dificuldade para realizar movimentos habituais. A avaliação regular da densidade óssea também é recomendada.

Entre os principais problemas ortopédicos enfrentados por pessoas com mais de 60 anos estão as dores na coluna, desgaste nas articulações e fraturas. “O ideal é atuar de forma preventiva, com alimentação rica em cálcio e vitamina D, exposição solar moderada, prática de atividades físicas e o abandono do tabagismo”, explica o especialista.

É possível frear o desgaste natural?

A perda de massa muscular (sarcopenia) e a fragilidade óssea (osteoporose) são efeitos esperados do envelhecimento, mas podem ser significativamente retardados com uma combinação de exercícios resistidos, ingestão adequada de proteínas e acompanhamento ortopédico contínuo.

“Envelhecer com saúde é possível e começa com escolhas diárias. Alimentar-se bem, manter-se ativo e cuidar do corpo são atitudes que prolongam a autonomia”, resume Anderson.

Anderson Freitas é médico ortopedista, cirurgião de quadril no Mater Dei Goiânia, doutor pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (USP-RP) e membro titular da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ)

 

Uiara Zagolin
Editor, Na Midia

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